Depois de seis dias brincando de falar sobre Gilmore Girls, chegou a hora do post mais “Querido diário” dessa semana. Isso tudo porque fiquei muito mal depois do final da sétima temporada. Não foi por ele ter sido espetacular, nem por carência. Foi pela situação da Rory.
A sétima temporada marca a formatura da garota em Yale e o início da carreira como jornalista. Tudo que ela quer é encontrar um bom emprego e começar a vida na nova profissão. Quando ela sai do cargo de editora do Yale Daily News, se vê no dilema do primeiro emprego. Um atrás do outro, eles são negados e ela começa a entrar em desespero/depressão.
Agora muda alguns nomes aí em cima e você vai ver exatamente como está minha vida. É por isso que este é o post mais pessoal de todos. É meu ano de despedida da universidade (pelo menos nos planos) e ainda não tenho ideia do que fazer daqui pra frente. E quando falo isso, é porque minha cabeça está completamente zerada.
Em junho vou sair de um projeto que exigiu meu sangue por mais de dois anos inteiros. E só eu sei o tanto que me dediquei pra tudo desse certo. Depois disso, vou ficar mais perdido que azeitona em boca de banguela. Onde procurar um estágio? Será que vão me aceitar? Resumo: insegurança.
A mesma coisa que a Rory passou no final de Gilmore Girls. E me identifiquei tanto porque tô vendo o quanto essa situação é péssima. Sim, vai ser muito estranho sair de uma sala de aula depois de 18 anos vivendo dentro de uma. Mas alguém me falou que isso tem nome: crescer.
Acho que tá chegando a hora de fazer isso. Agora, só o que tenho pra dizer é “valeu Rory!”. E obrigado Gilmore Girls, pela companhia nos últimos meses.
Outros posts da série
- You’ve been Gilmored (Introdução)
- As Gilmore Girls
- #MusicSaturday
- Os habitantes de Stars Hollow
- Life’s Short. Talk fast
- As paixões de Rory
- Yale Daily News
Breve comentário sobre a sétima temporada
Com a saída dos criadores, muita coisa desandou em Stars Hollow. A principal perda foi nos diálogos afiados de sempre, que tentaram manter a pegada, mas não foram a mesma coisa. E perder os diálogos é perder a série. Os últimos três episódios, porém, valeram os outros e me fizeram lembrar porque Gilmore Girls é tão bom. Temporada média.
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.