E o que se faz quando todas as suas escolhas te levam para longe da trilha? E o que se faz quando nada mais importa? E o que se faz quando você não se importa em machucar os outros? E o que se faz quando ser ferido não dói mais? E o que se faz quando não se sabe qual caminho seguir? E o que se faz quando não se sabe o que esperar da vida? E o que se faz quando não se espera mais nada? E o que se faz quando tudo que se quer é ser levado o mais rápido possível? E o que se faz quando não se tem mais paciência para aguardar a partida? E o que se faz quando não se sabe o que é o amor? E o que se faz quando não se sabe se existe o amor? E o que se faz quando o que sobrou foi o medo de errar novamente? E o que se faz quando não se sabe até quando tentar? E o que se faz quando o mais próximo que se chega da felicidade é chorando? E o que se faz quando todos são apenas peças em seu tabuleiro? E o que se faz quando se é apenas o boneco de um ventríloquo? E o que se faz quando se segue a esmo pela primeira esquerda que se vê? E o que se faz quando nada mais marca sua vida? E o que se faz para se abrir novamente o coração? E o que se faz quando nunca se teve um coração? E o que se faz quando não se encontram as respostas? E o que se faz quando não há mais perguntas? E o que se faz quando não se pode dormir? E o que se faz quando não há mais peso na consciência? E o que se faz quando não há certo ou errado? E o que se faz quando não há mais cor? E o que se faz quando as luzes se apagam? E o que se faz quando não se tem medo do escuro? E o que se faz quando a solidão é confortante? E o que se faz quando há opções? E o que se faz quando não há mais conselhos a receber? E o que se faz quando nenhum conselho é capaz de iluminar a mente? E o que se faz quando se descobre que o tempo não existe? E o que se faz quando se descobre que o passado não se altera? E o que se faz quando se espera por algo extraordinário? E o que se faz quando não se acredita no que se espera? E o que se faz quando se decepciona a todos? E o que se faz quando se torna o próprio avesso? E o que se faz quando se perde a força de vontade? E o que se faz quando não se importa com as conseqüências? E o que se faz quando tanto faz? E o que se faz quando se descobre a própria essência? E o que se faz se essa essência é desprezível? E o que se faz quando se existe, apenas? E o que se faz quando tudo o que se quer é deixar o tempo escoar? E o que se faz quando esperar pela morte é tudo o que se faz?

Não gostei desse texto… Onde eu pus minha borracha?

Entretanto, temo que as chances que este subterfúgio tenham para funcionar sejam tão mínimas quanto as possibilidades existentes de se ver o Hyakutake.