Ah, o verão! Tempo quente, sol queimando minhas penas e me deixando bronzeado, galinhas andando só de biquíni pelo galinheiro. Senti falta de tudo isso! E olha que era pro verão ter começado dia 21 de dezembro (de acordo com o sábio Google). Só que, desde então, só vi água, água e mais água. Como tinha que trabalhar, tomei chuva por duas semanas inteiras. Mas depois de quase um mês, finalmente o sol resolveu dar as caras por aqui.

Aí foi uma festa. Aquele monte de pintinhos saindo pra brincar, as galinhas aparecendo para colocar a fofoca em dia, o laguinho super lotado de belas galinhas nadando. O que estraga são as que levam seus quinze filhotes pra beira do lago, tiram a farofa de dentro da bolsa, um suco de pozinho de dentro de uma garrafa térmica, ligam um pagode na maior altura e incomodam todo mundo.

Nada contra o pagode, até gosto. É a combinação pirralhos + farofa + pagode que me broxa. Se isso fosse na praia, seria pior ainda. Pelo menos aqui não tem areia pros pintinhos ficarem jogando na nossa cara. Se bem que eu não negaria uma boa praia agora. Tudo bem que odeio ficar torrando no sol, mas não ia reclamar de sentar debaixo de um guarda-sol, com uma água de coco e olhando o mar.

É nessas horas que odeio ser frango. Ave de raiz é aquela que voa para um lugar mais quente quando precisa. Nem voar eu sei. Se soubesse, estaria bem longe daqui. Escolheria uma ilha tropical do Caribe, por exemplo.

Calma, tô começando a viajar demais. Será que é insolação? Se minha cabeça não estivesse doendo tanto, podia até ir lá dar um mergulho. Quer saber de uma coisa? Já estou com saudade dos dias chuvosos.

Vou desativar meu antigo blog, o “Memórias de um frango”. Para isso, vou resgatar as crônicas que estavam postadas lá, dar uma repaginada e trazer para cá. Depois de ter criado fungos, o sol finalmente saiu em meados de janeiro de 2009, quando escrevi essa crônica. Não sou um grande fã do cara amarela e, ao que me parece, o frango também não. Mas do que ele é fã, não é mesmo?