ATENÇÃO. O Ministério da Saúde Galinácea adverte. Este post é impróprio para menores de 18 anos. Ou seja, pintos não entram. Mas se for entrar, que seja com camisinha.
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Para que sofrer no dia dos namorados? É só uma data idiota, nada mais. Se existe apenas um dia para os casais melosos e insuportáveis, os outros 364 são para nós, solteiros. Podemos aproveitar mais que os comprometidos. É acordar cada dia em um poleiro diferente, com uma galinha (ou mais) completamente desconhecida.
Como se isso acontecesse comigo com frequência. Você me conhecem, sabem que não sou o frango comedor da granja. Tudo bem que, no papel, sou o frango garanhão reprodutor, o escolhido, aquele responsável pela perpetuação dos genes (que dizem ser bons, mas sei lá). Isso não quer dizer que eu tenho que experimentar todas as galinhas da granja. Não que eu não queira, elas é que não me querem.
Por falar nisso, é melhor tomar mais cuidado com as palavras que uso. As galinhas são muito sensíveis. Se me ouvirem falar em “experimentar” ou “comer”, provavelmente vou perder um possível sexo à noite. Não que eu tenha muitas opções, mas tenho que tratar bem para conseguir algo depois. É uma regra básica. Não precisa ser um idiota que faz tudo para ela, mas saiba enrolá-la até conseguir o que quer. Ou seja, sexo selvagem.
Aliás, alguma galinha ainda tem dúvidas disso? É claro que não. Aposto que elas pensam a mesma coisa quando conhecem um frango interessante (tipo eu). Duvido que elas querem ficar sentadinhas na praça, de mãos dadas na porta da igreja. Não. Eles querem é correr pro poleiro e atacar. Se nós frangos pensamos assim, porque elas não têm o direito de pensar igual?
E tomara que pensem isso comigo. Prometo que nem vou reclamar. Vou simplesmente cumprir meu papel e aguentar todas que vierem. Aliás, fiquei sabendo de uma galinha nova que muita prática em sexo tântrico. Quem sabe ela não me dá algumas aulas grátis? Aposto que minha performance ia melhorar muito. Com certeza ia impressionar aquela galinha gostosa do poleiro de cima. Ia dar horas e horas de prazer intenso para ela. Bico com bico, sentindo cada gota de suor escorrendo pelas penas. Eu lá, firme e forte. Satisfazendo. Deixando ela louca.
Fico excitado só de pensar nisso. Aproveitando que minha imaginação está no auge, vamos tentar algo impensável: aquela galinha gorda. Primeiro vamos esquecer todas aquelas celulites. Pronto. Agora sim! Deixa eu ver… com aquela cara, deve curtir um lance bem sadomasoquista. Colocar uma roupa de couro, dar uma e dominatrix e espancar com quem ela vai transar por puro prazer.
Eca. Ainda bem que eu não curto esse tipo de prática. Pensando bem, como será a depilação da galinha do poleiro de cima? Será que alguém já pensou em fazer uma edição da “Playchicken” com ela? Aposto que ia vender muito. Eu, por exemplo, compraria muitas. Ia transformar em papel de parede do meu poleiro.
Ia me poupar muitos neurônios, inclusive. Já falei que minha imaginação tá fértil hoje? Pois é, como as perspectivas para a noite são as piores possíveis, vou ali dar uma exercitada na asa enquanto penso naquela gostosa.
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Vou desativar meu antigo blog, o “Memórias de um frango”. Para isso, vou resgatar as crônicas que estavam postadas lá, dar uma repaginada e trazer para cá. Além desse post ter sido lançado perto do Dia dos Namorados, também foi o de número 69 do meu antigo blog. Certa feita eu me meti a escrever textos eróticos divertidos, mas na real eu era só um cabaço imaginando coisas. Resolvi aproveitar o número simbólico e brincar com isso de novo.
Começou a escrever em 2008 para fugir de uma rotina massante no galinheiro e descobriu que era bom naquilo. Ou pelo menos achava que era, já que nunca conseguiu dar nenhum beijo na boca por seus textos. Dizem por aí que continua virgem, mas ele nega.