Tinha tudo para ser um lugar morto e parado no tempo. Uma cidadezinha pequena, no interior, com um clima aconchegante e pessoas estranhas. Mas estamos falando de Stars Hollow e isso definitivamente não é a cara de lá.
Fundada em 1779, Stars Hollow é uma cidade fictícia de Connecticut, com 9.973 habitantes. Como em qualquer cidade pequena que se preze, tudo gira em torno da praça principal, onde está localizado o gazebo e as ruas principais.
Quem comanda Stars Hollows é o secretário-geral Taylor Doose, um sujeito que faz de tudo para preservar as tradições locais. E bota tradições nisso. Todo mês tem pelo menos um festival histórico diferente para movimentar as ruas. Barracas de comida, de atrações estranhas (como Paul Anka, o cachorro vidente) e que sempre contam com a participação de todos os habitantes.
Além dos festivais e das pessoas (tema de outro post), é o comércio de Stars Hollow que mais se destaca. É no Doose’s, o mercado do Taylor, que rola o primeiro beijo da Rory. Na Casa de Panquecas do Al você encontrará todo tipo de comida do mundo, menos panquecas. A Escola de Dança da Miss Patty é onde os mais novos de Stars Hollow se reúnem para aprender a dançar a atuar com a incrível Miss Patty. O Antiquário da Sra. Kim é onde você não pode encostar em nada, porque quebrou, pagou. Isso sem falar na loja de música, onde Lane aprende a tocar bateria, a loja de sorvetes do Taylor e a livraria.
Mas dois estabelecimentos são especiais: o Luke’s e a Dragonfly Inn. O primeiro é o que sustenta toda a ação na cidade. O segundo é uma das pousadas mais encantadoras de todos os seriados.
Tudo começa e acaba no Luke’s. Essa é a premissa básica de Gilmore Girls, que é seguida do primeiro ao último episódio. O episódio piloto começa com uma Lorelai desesperada pedindo café para um Luke mal humorado. Isso porque o café do Luke é o melhor de toda a região, sem contar em toda a excelente comida que é pedida de lá, desde o café da manhã ao jantar. E sempre pode-se contar com o ombro amigo do Luke… ou rezar para ele não estar de mau humor.
Já a Dragonfly Inn é o empreendimento da Lorelai Gilmore e da Sookie St. James, inaugurada depois do grande incêndio da Independence Inn, a antiga pousada em que trabalhavam. Todo o processo, da reforma até o lançamento, nos fez criar um carinho por aquele lugar, principalmente porque dava pra ver o tanto que ele era querido e o tanto que demorou para sair do papel.
Mesmo com esse clima interiorano, de pessoas andando nas ruas e de segredos que são impossíveis de serem escondidos dos vizinhos, Stars Hollow é a cidade dos sonhos de qualquer um. Só de imaginar poder participar de uma das tão frequentes reuniões da cidade e escutar os comentários de Lorelai e Rory já me dá uma vontade muito grande de estar lá.
E o que falar dos dias de neve? Lorelai, com sua incrível capacidade de prever quando seria a primeira neve do ano, sempre saía às ruas para ver o manto branco cobrir tudo e deixar a cidade muito mais simpática e bonita do que já era.
Não é a toa que um dos grandes empecilhos dos relacionamentos de Lorelai sempre foi o lugar onde ela e o possível marido morariam, porque é difícil pensar em sair de uma cidade tão aconchegante.
Afinal, quem nunca quis morar em Stars Hollow?
Outros posts da série
- You’ve been Gilmored (Introdução)
- As Gilmore Girls
- #MusicSaturday
- Os habitantes de Stars Hollow
- Life’s Short. Talk fast
- As paixões de Rory
- Yale Daily News
Breve comentário sobre a primeira temporada
Ela deixou um gostinho de quero mais e isso é sempre bom. O cliffhanger da temporada é muito bom, com Lorelai tendo que decidir seu futuro e Rory finalmente soltando o temido “Eu te amo”. A temporada ajudou a construir o imaginário sobre Stars Hollow, sobre os personagens e sobre a forma como veríamos o seriado dali pra frente. Um excelente começo.
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.