Nunca antes na história desta minha curta vida li tanto em um ano. Foram exatos 50 livros, isso sem contar os quadrinhos do Calvin e Haroldo e do Scott Pilgrim. E mais, esse ano comprei muitos livros e levei a sério a ideia de ter a minha própria mini-biblioteca.

Como sei das circunstâncias especiais que me fizeram ler tanto em 2011, tenho total consciência que a marca de 50 livros é histórica, então esse post não vai eleger o melhor livro de 2011, mas sim o top 3. Vamos por ordem:

3º lugar: Desventuras em série, Lemony Snicket

O desejo de ler Desventuras em Série é antigo, já deve ter uns oito anos. Sempre via aqueles 13 livros e ficava encantado, sonhando com o dia que teria todos na minha estante. Bom, ainda não comprei os livros, mas a oportunidade de lê-los caiu do céu.

A empresa que eu trabalhava recebeu como doação os treze livros da série. Minha primeira pergunta foi: “Quem em sã consciência ia doar uma coleção completa?”. O segundo foi: “Vai dar tempo deu ler antes de doar?”. A partir daí foi uma corrida contra o tempo e, pra minha felicidade, consegui ler tudo.

A série é fantástica em todos os sentidos. Quando você engata o estilo narrativo do Lemony Snicket, a coisa flui com tal facilidade que você se sente muito preso aquela história. São vários mistérios, várias pontas soltas que te deixam curioso e fazem você avançar cada vez mais até [SPOILER ALERT] perceber que o autor simplesmente não vai revelar nada. Aí você fica com aquela cara de “que merda, ele é muito foda” [/SPOILER ALERT]

É fenomenal quando você pode apreciar a leitura de treze livros tão bons de uma tacada só. Vale muito a leitura

2º lugar: Os três mosqueteiros – Alexandre Dumas

Os Três Mosqueteiros já fazem parte do imaginário popular, mas pouca gente parou para ler a história. É, sem dúvidas, um dos casos de amizade e lealdade mais bacanas da literatura. Além do mais, a história vai muito além da relação entre Athos, Porthos, Aramis e D’Artagnan. É uma história política, uma história de guerra, de manipulação. É sensacional! Se quiser saber mais sobre o que achei, fiz uma resenha aqui no blog, então é só clicar aqui.

1º lugar: Peter Pan e Wendy, J.M. Barrie
“Todas as crianças crescem. Menos uma”

Nem sei como começar a falar do quão bom é Peter Pan. Esse é outro livro que eu sonhava ler há muito tempo, mas, ao contrário do Desventuras em Série, comprei (junto com o Peter Pan Escarlate). As expectativas para a leitura eram altas e posso dizer que ele superou todas elas.

A começar por Peter. O conceito de não crescer envolve tanto as partes boas quanto as partes ruins de ser uma criança. O menino é divertido, brincalhão e aventureiro. Mas ele também é muito teimoso, ingênuo e impulsivo. Essas características combinadas fazem dele uma bomba-relógio, incapaz de lidar com sentimentos e com as pessoas.

É um livro para crianças, mas também é um livro para adultos. É um livro sobre a infância e as consequências dela. É o melhor livro que li em 2011!