Este não foi um ano muito auspicioso para assistir séries. Se em 2012 tinha atingido a marca de 418 episódios vistos ainda em julho, este ano eu assisti a apenas 365 o ano inteiro, com uma média de exatamente um por dia.

Os números mostram uma coisa óbvia: basicamente assisti só aquilo que já acompanho há algum tempo. As séries que vejo regularmente estão em dia, então acabei vendo pouca coisa nova. Tentei começar The Sopranos e não terminei. O mesmo com Mad Men. Continuo devendo muita série boa e em 2015 quero compensar isso.

Enfim, vamos aos melhores episódios que assisti em 2014.

SherlockThe sign of three (3×02) e His last vow (3×03)

É impossível deixar Sherlock de fora de uma lista como essa. Fã do detetive que sou, assisto cada um dos episódios com um sorriso nos lábios, me delicio com o quanto eles homenageiam o material original e como conseguem dar uma roupagem moderna. The Sign of Three é o grande exemplo disso, já que acompanhamos algo que nunca foi mostrado nos livros (o casamento do Watson) junto com uma atuação fantástica de Benedict Cumberbatch durante o discurso como padrinho. E o que falar do espetacular His last vow? Foi o exemplo perfeito de tudo o que a série sabe fazer de melhor, com a adição de um vilão incrível e uma reviravolta sobre a identidade da esposa do Watson. Os próximos episódios serão só em 2016 e já não aguento mais esperar.

How I Met Your MotherHow your mother met me (9×16)

How I Met Your Mother é uma das minhas séries queridinhas de todos os tempos. O que eles fizeram na forma de contar uma história é um exemplo de boas práticas na televisão. E a última temporada inteira foi dedicada a mostrar como o Ted finalmente conheceu a Mother, além de mostrar os momentos marcantes dos dois. Apesar deu ter sérias restrições com relação ao episódios final, ele tem uma das melhores cenas do seriado inteiro: Ted e a Mother conversando pela primeira vez.

A essa altura, porém, a gente já estava apaixonado pela personagem interpretada pela Christin Milotti. Tudo isso graças ao 200º episódio da série, o How your mother met me. Com a difícil missão de mostrar o que aconteceu com a mãe durante os oito anos do seriado, é competente ao retratar o quão adorável ela é e o quão perfeita é pro Ted (e vice versa). Sem falar que o episódio termina com ela tocando/cantando La vie en rose, em uma das melhores cenas dos nove anos do seriado.

GirlsBeach House (3×07)

Girls vem de duas temporadas completamente instáveis, alternando bons e péssimos episódios como ninguém. Essas duas últimas temporadas, porém, conseguiram apresentar pelo menos um episódio que se sobressaiu frente aos outros. O da terceira temporada foi Beach House. Com o relacionamento entre as meninas em frangalhos, elas decidem ir para uma casa na praia. Brigam, discutem, jogam verdades nas caras. E no fim terminam mais leves, juntas, em um final de episódio que mostra bem o que é a série.

Skins Final goodbyes (2×10)

A única série que maratonei esse ano foi Skins. Alternando momentos incríveis com outros totalmente dispensáveis, a série conquistou um espaço nessa lista pela forma de contar as histórias e de como eles faziam para que nos importássemos com cada um dos personagens. Depois de duas temporadas acompanhando Tony e sua turma, chegamos ao derradeiro episódio em que todos se despediriam para abrir espaço a uma nova turma. A incerteza do futuro e os prosseguimentos dados em Final Goodbyes foram um encerramento de arco muito legal para a série, que se repetiria nas temporadas 4 e 6.

Mad MenThe wheel (1×13)

Meu maior arrependimento deste ano foi não ter terminado de assistir Mad Men. A série sobre publicitários da década de 60 tem uma primeira temporada tão incrível que é até difícil destacar um só episódio. Ou melhor, seria difícil se The wheel não existisse. O episódio que encerra a temporada tem aquela que considero a melhor cena que assisti esse ano, com a defesa do Carrossel para a Kodak. É Don Draper em sua melhor participação, em um momento emocionante na medida certa.

The NewsroomWhat kind of day has it been (3×06)

Apesar das críticas ao idealismo e ao tom quixotesco da série do Aaron Sorkin, sempre gostei de The Newsroom. São os diálogos, as discussões geradas, os personagens. Eram os meus 40 minutos de embarque em uma realidade meio mágica e em uma produção de tv que nunca pisei os pés mesmo sendo jornalista. Fazer uma temporada final com menos episódios foi ideal para evitar enrolações. Com isso, The Newsroom acabou da melhor forma que podia acabar. Sorkin soube olhar para dentro da própria série e fazer o final intimista que ela merecia, com uma atuação sempre precisa do Jeff Daniels. What kind of day has it been consegue ser melhor que o piloto e, se vocês soubessem o quanto amo aquele piloto, saberiam que o elogio não é à toa. Obrigado The Newsroom, é só isso que tenho a dizer. E boa noite.

Menção especial – Silicon Valley
Silicon Valley chegou surpreendendo todo mundo com indicações para o Globo de Ouro e Emmy. Curioso, fui ver ti colé qui era da série e tive o prazer de acompanhar uma sátira ao mundo das start ups e das pessoas que sonham em criar a nova Apple ou o novo Facebook. Pessoas cuja maior aspiração é ser o Steve Jobs, mas esquecem de colocar o pé no chão ao pensar que seu produto vai revolucionar o mundo. Para quem está inserido nesse meio, como hoje estou, é uma fonte de diversão a mais.

Melhores dos anos anteriores
Melhores de 2012
Melhores de 2013

Seriados assistidos no ano
Brooklyn Nine-Nine, Community, Elementary, Episodes, Glee, How I Met Your Mother, Looking, Mad Men, Mixology, Modern Family, New Girl, Once Upon a Time, Sherlock, Silicon Valley, Skins, Sopranos, True Blood, The Big Bang Theory, The Newsroom, The Walking Dead, Wilfred

Promessas para 2015
– Assistir The Sopranos, Six Feet Under e Breaking Bad
– Tomar vergonha na cara e assistir Louie
– Assistir True Detective
– Procurar mais uma série em exibição para acompanhar