“De tudo ficaram três coisas: a certeza de que ele estava sempre começando, a certeza de que era preciso continuar e a certeza de que seria interrompido antes de terminar. Fazer da interrupção um caminho novo. Fazer da queda um passo de dança, do medo uma escada, do sono uma ponte, da procura um encontro.
O encontro marcado – Fernando Sabino
Nem no mais delirante sonho eu poderia imaginar que 2013 seria como foi. Ano passado falei que queria assumir as rédeas da minha vida e parar de deixar ela me levar para onde bem entendesse. Acho que consegui, pelo menos em partes. Pela primeira vez termino um ano com esperança de que tudo vai ser melhor. Com planos e sonhos palpáveis. Com ânimo no bolso, um sorriso no rosto e a vontade de fazer algo diferente.
2013 serviu para que eu, enfim, colocasse a cabeça no lugar. Que pudesse parar e pensar no que quero fazer da vida daqui pra frente. O trecho que abre esse texto – de um dos melhores livros que li este ano – retrata bem essa ideia de que preciso estar sempre em movimento para sair do estado de inércia em que me encontrava. Que preciso entender que a vida é um eterno começo e um eterno fim. Que não posso me abater com uma simples derrota. Que preciso enxergar as oportunidades também quando estiver por baixo. Por fim, que tudo é um ciclo. Ou o Ka, como diria a tatuagem que fiz este ano.
Tudo isso porque fui capaz de dar três importantes passos. Coisas que me travavam psicologicamente e me impediam de pensar em outras coisas. Eles são o começo de uma caminhada longa e que vai demorar a apresentar resultados. Mas estou tranquilo com relação a isso. Dessa vez estou preparado. Então esperem por mais histórias em 2014. Quero ler mais, assistir a mais filmes, a mais séries. Quero escrever mais. E, principalmente, quero treinar para ser o jornalista que um dia eu sonho em ser.
No fim, espero que 2014 seja o ano em que eu consiga tocar meus projetos do jeito que quero. Que eu possa trabalhar o corpo e a mente e me manter sempre em atividade. Se houver reconhecimento no processo, melhor. Mas, dessa vez, estou fazendo por mim. Se eu terminar o ano satisfeito com o resultado, 2014 tem tudo para ser o melhor dos últimos anos.
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.