A aurora vem para nos cegar mais uma vez. E o sol aparece de novo para roubar nossos sonhos. Nos despertar de um sono profundo e delicioso. Hora de voar! Hora de destruir o que ainda resta do pó mágico do adormecimento. Rise and rise again! De pé contra cada cordeiro que nos impede de ser leões! Pode ser que tenhamos que forçar sorrisos. Talvez seja necessário fingir emoções. Mas é importante vencer. Flanquear cada sombra e decepar suas cabeças etéreas. Enquanto ainda houver fôlego! Enquanto o corpo ainda pode obedecer. E mesmo que ele não obedeça, restarão nossas mentes! E enquanto elas ainda forem capazes de nos transportar para galáxias diferentes, estaremos bem. Mesmo que fraquejem diante das tempestades de areia que certamente havemos de defrontar. Serão precisos mais do que Quimeras e Fúrias e florestas assombradas para nos deter! Arriscaria dizer que nada pode nos impedir, mas não sou tolo o bastante. Você diria que precisa de mim? Eu diria que preciso de você nesse exato momento? Você seguraria minhas mãos sujas de defeitos? Eu seria capaz de envolver suas crenças em meus braços? Tem dias que parecem mais longos e os dedos do agouro chegam a nos alcançar. Mas hoje estou vestindo verde.
Viajo há muito tempo percorrendo vários sistemas bem diferentes. A gravidade do planeta Química exerce forte atração sobre mim, mas o astro chamado Literatura é aquele no qual me sinto mais confortável. Nos entremeios e desencontros do caminho, músicas e histórias me ajudam a não perder o rumo.