Olar.

O assunto a seguir é importante e, por isso, vale um textão no Facebook. Se não fosse importante também valeria, afinal tá pouco textão no Facebook, manda mais. E vai ser muito adulto, então prepara porque vou tacar le pau.

Existe uma teoria conceituada que afirma com todas as letras que o mundo acabou em 2012 e que hoje vivemos em uma realidade paralela. Faz sentido. Só assim pra explicar esse 2014 completamente sem sentido. Quando vi que a situação estava ruim, fiz uma aposta com o granjeiro: se eu sobrevivesse a esse ano, escreveria a Frangospectiva. Fiquei até ontem com as asas pra cima esperando deus me levar, pois tudo que eu queria era estar morta. Não deu certo e agora vou cumprir minha palavra.

O que falar desse ano que mal terminou e eu já ignorei pacas? Fazendo uma comparação, seria como se 2014 me mandasse uma mensagem no Whatsapp () e eu saísse cantando Let it go sem responder. Aliás, esse é o sentimento ao final deste ano: liberdade. Afinal, um ano com Copa do Mundo no Brasil e eleições é muito forninho pra pouca Giovana.

A começar que teve Copa pra caralho. O exoesqueleto foi um sucesso tão grande que teve seus 3 segundos de fama na transmissão, a Cláudia Leitte fez um ótimo cosplay de Galinha Pintadinha e o Fuleco nem deu as caras, acho que foi extinto pra dar lugar ao Vinicius e ao Tom. Antes que dê um apagão de cinco minutos neste texto e o Suárez queira me morder, é bom lembrar do Podolski, que foi mais brasileiro do que todos nós juntos e mais que o Neymar com a costela quebrada. Pena que dessa vez não vai dar.

“Mas eu só queria poder dar uma alegria para o povo”, você pode alegar. Essa alegria veio na forma das eleições, que nos mostraram que o 7×1 não era nem 13% da humilhação que sofreríamos em outubro. Pra vocês terem uma ideia, até a maldição da Malaysian Airlines veio parar aqui e matou um presidenciável. Se conta pontos positivos, pelo menos aqui acharam o avião. O que não acharam foi a Marina Silva, que mingou tanto na reta final que eu achei que ela tinha acionado o “ET… Telefone… Minha casa” e viajado de bicicleta por aí.

Então veio o segundo turno e as esperanças foram embora de vez. Se de um lado era possível descer com o avião em Cláudio, do outro era possível conseguir ações da Petrobrás apenas resgatando Tele Senas. Inclusive é melhor parar de falar antes que eu entre na lista negra de arrobas do pior senador do Brasil (de acordo com a revista que todos amam odiar) ou que eu ganhe um ministério, pois aparentemente a Dilma está distribuindo sem critério pra quem quiser. Sem contar com Lava-Jato, Petrolão e diversas outras denúncias que foram atiradas ao vento nas campanhas. Bem, acho que depois desse ano vai precisar de uma nova Comissão de Verdade pra apurar quem de fato sabia de tudo.

A única coisa boa é que Minas Gerais está cada vez mais poderosa e rica, dominando todos os cenários brasileiros e fazendo deitaço nos outros estados. Inclusive parecia que os presidenciáveis estavam concorrendo ao governo de Minas, não ao Palácio do Planalto. O estado foi tão importante nacionalmente que levou a presidência, o Campeonato Brasileiro, a Copa do Brasil, o The Voice, o BBB e a humilhação da seleção brasileira. Tudo em um ano só. Minas mandou um beijinho no ombro e desejou vida longa às inimigas.

Todos esses eventos culminaram no Natal, que dizem ter sido destruído por causa dos eventos do segundo semestre. Coxinhas x Petralhas, Biscoito x Bolacha, Amigo Secreto x Amigo Oculto, Feijão em cima x Feijão embaixo do arroz, Funk ostentação x Funk proibidão, Lepo Lepo x Banda do Mar. Só discussões superimportantes para o futuro do país. Não sei como não elegi minha tia pro senado.

Agora é preciso de um outro evento pra unir todas as nações como foi a Copo do Mondo. Enfim, de acordo com o Ibope tem uma chance de 45% de ter textão amanhã aqui no blog, com margem de erro de 40% para mais ou para menos. Se até o mensalão foi julgado, ainda é possível ter esperanças de surgir a segunda parte logo.