Diário de um banana
Jeff Kinney
Publicado a partir de 2007
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A primeira vez que ouvi falar na série Diário de um Banana foi quando fiz recreação em uma colônia de férias e os meninos levaram para ler à noite. Eles eram apaixonados pelo Greg, comentavam as cenas, davam altas risadas. E eu lá, curioso para bicar o livro que os meninos de nove anos estavam lendo.
Alguns anos depois, ganhei o terceiro volume da série em um amigo oculto. Quem me deu, inclusive, foi o Rafael, que escreve as Crônicas de Lugar Nenhum aqui no blog. Porém demorei uns três anos para tomar vergonha na cara e comprar os dois livros anteriores. Me arrependo de não ter feito isso antes.
A série Diário de um Banana acompanha a vida de Greg Heffley, um garoto da sexta série que não tem muitos amigos, não é muito popular, enfrenta brigas diárias com os irmãos e, ignorando tudo isso, se considera um floquinho de neve especial que vai fazer muito sucesso no futuro.
Esta crítica vai ser sobre os três primeiros livros porque eles seguem um padrão. Todos eles são inserções que Greg faz em seu diário (ISSO NÃO É UM DIÁRIO, É UM LIVRO DE MEMÓRIAS, gritaria o personagem nesse instante), com pequenos textos e desenhos do que acontece em seu dia a dia. São várias pequenas histórias sem muita ligação entre si, mas que possuem uma linha central que dá unidade para cada volume.
Sim, como deu para perceber, Diário de um banana é um livro infanto-juvenil. Crianças de oito a 11 anos são o público preferencial para as desventuras do Greg, mas isso não impede o livro ser divertido para todas as idades. Eu dei altas risadas em todos eles. E aqui falo dos três igualmente. O personagem pessoal possui um humor único, sarcástico e capaz de se autossacanear o tempo inteiro. Ele é desastrado, incapaz de fazer escolhas corretas e de ser um bom amigo para a única pessoa que sempre está ao seu lado, o gordinho simpático Howley.
Além do texto ser bem-humorado, ele é ilustrado por figuras vindas de uma mente infantil e que dão outro tom para a narrativa. Elas são caricaturas dos personagens, quase sempre magrelas, compridas e com perninhas finas. Funcionam não apenas como uma ilustração para o que é dito no texto, mas como parte integrante da história, sendo que muitas vezes a piada da situação está inserida nelas.
E apesar de não ter falado detalhadamente de cada livro, queria reforçar o quão divertida achei a vida de Greg. Fui julgado pelos meus amigos por ler um livro desse estilo, mas estou pouco me fudendo. Foi divertido e é isso que importa. Não vejo a hora do meu sobrinho chegar na idade certa para eu apresentar o Greg para ele.
Diário de um Banana (Diary of a Wimpy Kid)
Jeff Kinney
Vergara e Riba, 2013 (originalmente em 2007)
218 páginas
Tradução: Antonio de Macedo Soares
Diário de um Banana: Rodrick é o cara (Diary of a Wimpy Kid: Rodrick Rules)
Jeff Kinney
Vergara e Riba, 2013 (originalmente em 2008)
218 páginas
Tradução: Antonio de Macedo Soares
Diário de um Banana: A gota d’água (Diary of a Wimpy Kid: The Last Straw)
Jeff Kinney
Vergara e Riba, 2010 (originalmente em 2009)
218 páginas
Tradução: Antonio de Macedo Soares
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.