Encaremos os fatos: Cebolinha já é cinquentão há alguns anos, Mônica e Cascão chegaram lá este ano e a Magali atinge a idade atual dos amigos no ano que vem. São 50 anos acompanhando as aventuras da mesma turminha. Conhecemos cada personagem – seja ele protagonista, secundário ou o Xaveco – da mesma forma que conhecemos nossos amigos. Crescemos junto com eles, nos divertimos, filosofamos, aprendemos. Se por acaso os deixamos ao longo do caminho, sabemos que eles continuam firmes e fortes para a próxima geração. E poder retornar ao bairro do Limoeiro, à floresta da turma da mata, ao sítio do Chico, ao espaço ou à pré-história é sempre um prazer imenso.
Para os grandinhos que não acompanham mais os gibis, essa oportunidade chegou com o projeto MSP 50. Foram quatro edições – três com artistas convidados e uma com desenhistas e roteiristas dos estúdios Mauricio de Sousa – que traziam os personagens que tão bem conhecemos com um traço diferente, próprio de cada artista que os desenhavam, em histórias curtas. Ainda não comprei porque são caros, mas pelo que pude ver foi uma experiência sensacional e que trouxe ótimos frutos.
O maior deles é a série de graphic novels que começou a ser lançada em 2012. Nela, artistas convidados reinterpretam os personagens em histórias maiores, de mais ou menos 70 páginas. Os responsáveis pela primeira remessa de livros foram Danilo Beyruth, que lançou Astronauta: Magnetar em 2012; Vitor e Lu Cafaggi, que trouxeram à vida Turma da Mônica: Laços, em 2013; e as futuras histórias de Chico Bento (que já tem título – Chico Bento: Pavor espaciar) e Piteco, que serão produzidas respectivamente por Gustavo Duarte e Shiko.
Com um acabamento primoroso, com direito a belíssimas edições de capa dura, os dois livros publicados até o momento são um acréscimo mais que bem-vindo à já extensa história dos personagens da turminha. Histórias emocionantes, aventurescas, divertidas. Um presente aos antigos e novos fãs do trabalho de Maurício de Sousa.
Eu li as duas graphic novels já lançadas e escrevi sobre elas. Ia falar sobre as duas em um post só, mas os textos ficaram absurdamente grandes, então dividi em três. Este é o post de apresentação e os das obras estão linkados abaixo:
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.