As corridas
A Ferrari começou o ano destruindo as equipes adversárias, com uma dobradinha de Fernando Alonso (que estreava na escudeira italiana) e Felipe Massa. O mais importante é que o GP do Bahrein veio para mostrar quem realmente brigaria naquele ano. As Ferraris estavam ali, mas junto com elas vinham a McLaren (com a terceira posição de Button) e a RBR (pole position e a quarta posição com Vettel). Junto com eles, uma forte Mercedes com um excelente piloto (Rosberg) e uma surpreendente Force Índia, que fez um campeonato bastante aceitável.
O que se veria com o passar do ano era uma superioridade do carro da RBR. Das 19 provas disputadas, eles só não foram pole em quatro. Porém o que se via na equipe era uma pequena briga interna (porém saudável) entre Vettel e Webber. O primeiro é um piloto mais impulsivo e o segundo é mais calmo, graças a sua experiência na F1. Dentro da pista, o que não faltou foram combates dos dois.
Isso é importante de ser ressaltado porque o campeonato de 2010 ficou marcado pela eterna discussão do jogo de equipe. A situação polêmica mais uma vez foi protagonizada pela Ferrari (relembrando 2002) no GP da Alemanha, no qual Felipe Massa recebeu uma informação de que seu companheiro de equipe estava mais rápido do que ele e o deixou passar. Já falei sobre isso aqui mesmo no blog, então não vou perder muito tempo com uma prática que não condeno. Fato é que essa ultrapassagem marcou uma discussão imensa sobre o jogo de equipe, com risco de punições para a Ferrari e intermináveis discursos sobre ética no esporte.
Muito mais do que uma polêmica, a corrida da Alemanha marcou o renascimento da Ferrari das cinzas. Se antes o campeonato estava bem dividido entre McLaren e RBR, Alonso veio com tudo nas provas finais e mostrou porque é bicampeão do mundo. Lutando pelo título também estavam excelentes pilotos. Sempre correndo por fora, Hamilton e Button mostravam que ser regular em um campeonato é o suficiente para brigar. Webber e Vettel eram mais abusados. Tinham os melhores carros, mas cometiam mais erros, principalmente o jovem alemão.
No dia 13 de novembro de 2010 começou a disputa pelo título mundial. Tudo seria decidido na última corrida e quatro pilotos ainda estavam no páreo. A melhor situação era do espanhol da Ferrari, que só dependia dele mesmo para ficar em segundo lugar para ser campeão. Webber e Vettel tinham que lutar contra Alonso e Hamilton precisava bater todo mundo.
Comecei a vida dentro de um laboratório de química, mas não encontrei muitas palavras dentro dos béqueres e erlenmeyers. Fui para o jornalismo em busca de histórias para contar. Elas surgem a cada dia, mas ainda não são minhas. Espero que um dia sejam.