Estou tão feliz por te ver! [E agora não me importo mais com você.] Sei que está tudo bem. [Precisava disso, apenas.] Só um simples “olá”? Até o dia em que nos encontrarmos novamente em outro plano! Porque nossa história dura além da eternidade. Alguém me contou que você está bem. E eu precisava ter certeza… [Mas a minha pequena enorme curiosidade se apagará assim que seguirmos nossos caminhos.]

Assim que você dormir em minha mente, virada de costas e caminhando para longe… Para um adeus duradouro e premeditado. Para um até logo inexistente, rumo a um sonolento comovai azul. E eu não queria saber. Apenas não queria saber. Tentei me manter nas sombras. Mas o mundo empurrou-me contra você mais uma vez. Eu fechei meus olhos para olhar para você. Fechei meus olhos e ignorei a fumaça. E agora eu vejo as cinzas de você tornarem-se uma saudade turquesa. Eu chamo as cinzas e elas combinam de forma muito amável com você. Dançando seminua numa tarde de vento e cabelos ao vento. Onde o Sol desaparece dentro de seus olhos alegremente semicerrados; que ofuscam Sua magnitude. Através do ar, gargalhadas de um feliz momento de apaixonados feitiços de amor. Que expiraria tão logo seus suspiros se tornassem maçãs que caíram do pé. Sou agora um satélite estranho, saindo de sua órbita. Escuto o sussurro de sua insanidade. Seu excesso de sanidade.

Pela primeira vez ouço a voz do meu eu. E não me importarei mais. Preenchido pelo som de suas fugas dissonantes. Por que não dizer que a única coisa que amou em mim foi minha ausência? Nunca é tarde demais para se descobrir que um sonho não é seu. E talvez acordar antes que seja cedo. Assim como o tempo sonha com areias que voam. Gravidade gerando queda dentro do mundo de vidro – de cabeça para baixo. Desconecte-se. Uma bala de cada vez. Sua vez de morrer ainda não chegou. Não se deve furar a fila. Retire sua senha e não cometa suicídio. Pense nisso. Você é preciosa. Não seja egoísta! Não se autodestrua. Quem limpará a bagunça? Todos tem seu dia de morrer. Do que você se lembra? Olhe para meu rosto novamente. Você está mentindo para você mesma novamente. Olhe à sua volta. Desconecte-se. Autodestrua seu senso de autodestruição. Acalme-se, rainha do drama! Essa noite cometeremos dez crimes contra cada um de nós. Pelo prazer da condenação, nada mais. Esperaremos até que nossas almas paguem a fiança, mas você não estará sozinha. E antes que sua vida se torne o corredor da morte, retirarei suas algemas com a chave que estará pendurada no pescoço do capataz encapuzado.

Mas você morreu dentro de mim. Antes que eu pudesse salvá-la. Você se matou dentro de mim. Não chore, mas os sinos não tocarão. Eles não se importam com você da forma como eu me importo. Apenas fique comigo. Volte a dormir aqui dentro. Eu não deixarei que o boogieman te alcance. Uma bela canção de ninar será cantada até a meia-noite. Mas você não quis ficar. Você não pôde esperar. Agora tudo são sussurros esvaindo-se lentamente. Sua voz rouca e molhada de lágrimas. Mas não derrame mais nenhuma! Se te faz sofrer, demore-se um pouco mais. Você tem poderes para impedir o fim. Mas a encomenda foi entregue, não é mesmo? Não se esconda atrás de um pacote! Eu sairei por aquela porta tão logo esteja tudo resolvido. Ilumine o motivo pelo qual eu vim. Ilumine novamente seu sorriso antes de me entregar o que é meu. Mova seus lábios com toda a vontade que você tem de me empurrar. Ilumine novamente suas intenções. Ilumine novamente o que eu preciso. Ilumine novamente seu sorriso enquanto você despedaça o que é meu. Enquanto você toma de volta o que me deu. Enquanto você apaga tudo aquilo que escreveu em minhas veias. Porque eu não irei chorar. Eu não irei voltar. Não enquanto eu for um forasteiro. Não enquanto sua memória sentir sede. Flutue acima de meu desapontamento. Etérea acima do óbvio. Agora que sou uma tragédia angelical jazente. Veja através de meus ossos, pois são tudo que ainda tenho. Assista com seus olhos vazios. E assim você não me verá. Você não me vê. Você não me vê. Você não me vê. Você nunca me viu.